Campanha contra Chávez amplia uso de redes sociais na Venezuela
Após chamar web de 'trincheira de batalha', Chávez nega plano de censura.
Os oponentes do presidente venezuelano Hugo Chávez aderiram ao Twitter e a outros sites de redes sociais, abrindo uma nova frente na campanha de uma década contra o presidente que se declara socialista revolucionário e é acusado por eles de silenciar a mídia e de cercear liberdade de expressão.
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, pediu maior controle da internet no país. (Foto: AFP)
A ascensão vertiginosa do Twitter incomodou Chávez e ele está contra-atacando. "A internet é uma trincheira de batalha, porque está trazendo uma corrente de conspiração", disse Chávez no começo do mês.
"A internet não pode ser livre", disse ele, ainda que dias mais tarde negasse alegações de que seu governo planejava censurar a web, apontando para o fato de que o uso da Internet havia se expandido dramaticamente entre os venezuelanos em seus 11 anos de governo.
Ainda assim, seus detratores afirmam que um plano de canalizar todo o tráfego de internet pela estatal de telecomunicações é um forte sinal das intenções de Chávez de silenciar a dissidência online.
Frustrada pela onipresença do presidente na mídia tradicional, na qual Chávez muitas vezes aplica uma lei que força estações de rádio e TV a transmitir seus longos discursos, a oposição vê os sites de redes sociais como meio de escapar às restrições impostas pelo presidente populista.
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