Um português e um brasileiro criaram uns ténis que twittam cada passo de quem os calça
Numa mesa de café, a conversa entre o português Tiago Martins e o brasileiro Ricardo Nascimento girava à volta do fenómeno Twitter e como se publica tudo na internet. Nascia assim uma ideia que resultou nos Rambler Shoes, os ténis que twittam cada passo de quem os calça.
A 9 de Janeiro, surge no Twitter o primeiro post. Um dos artistas começa a correr: "tap. tap tap. tap tap tap. tap". "Tap" é um passo e o ponto é a pausa. Tudo isto é possível graças a um sensor na sola dos ténis, que detecta o aumento da pressão e envia a informação via Bluetooth para um telemóvel que, através de uma aplicação específica, posta os passos no Twitter. De resto, não há muito mais para dizer: os 209 tweets não variam, mas têm 189 seguidores.
Quem normalmente calça o único par de ténis tamanho 42 é Tiago Martins, 28 anos, licenciado em Informática e actualmente em Linz, na Áustria, para acabar um curso que combina media e artes interactivas. "Fisicamente, são confortáveis, mas podem causar algum desconforto aos seguidores no Twitter devido à quantidade de informação repetitiva que geram", brinca o português. "A frequência varia de acordo com o humor dele ou quando as pessoas começam a pedir pelo Twitter que [os ténis] andem", acrescenta Ricardo Nascimento, 32 anos, licenciado em Relações Internacionais, mas artista a tempo inteiro. A dupla procura agora parceiros na indústria do calçado para lançar uma edição limitada das sapatilhas.
"Brincadeiras à parte, os Rambler Shoes são uma ironia sobre o 'hype' à volta da web 2.0. Precisamos realmente desses serviços? O que acrescentam às nossas vidas? Não pretendemos responder, mas fazer as pessoas reflectir sobre os seus hábitos cibernéticos", critica Ricardo. Tiago é mais contido em rotular as Ramblers de fúteis. "São uma extensão do indivíduo que os usa, pois concedem-lhe o dom de deixar pegadas num mundo que tem cada vez mais peso na nossa cultura: a net."
Avizinham-se mais projectos inovadores, nunca imaginados antes de Twitter, ou Facebook terem invadido as nossas vidas. "Daqui a cinco anos, haverá gente a publicar orgulhosamente a temperatura corporal, pulsação, transpiração e outros dados íntimos em tempo real a partir das peças de roupa", acredita Tiago. Antes dos ténis que twittam, a dupla artística criou uma peruca wireless para videojogos em que o jogador assume o papel de um guitarrista cabeludo que tem de provar que está imbuído no espírito rock. De novo: qual a utilidade? "O Headbang Hero pode parecer uma ideia cómica ou ridícula, mas há muita gente que aceita a ideia como plausível do ponto de vista comercial
A 9 de Janeiro, surge no Twitter o primeiro post. Um dos artistas começa a correr: "tap. tap tap. tap tap tap. tap". "Tap" é um passo e o ponto é a pausa. Tudo isto é possível graças a um sensor na sola dos ténis, que detecta o aumento da pressão e envia a informação via Bluetooth para um telemóvel que, através de uma aplicação específica, posta os passos no Twitter. De resto, não há muito mais para dizer: os 209 tweets não variam, mas têm 189 seguidores.
Quem normalmente calça o único par de ténis tamanho 42 é Tiago Martins, 28 anos, licenciado em Informática e actualmente em Linz, na Áustria, para acabar um curso que combina media e artes interactivas. "Fisicamente, são confortáveis, mas podem causar algum desconforto aos seguidores no Twitter devido à quantidade de informação repetitiva que geram", brinca o português. "A frequência varia de acordo com o humor dele ou quando as pessoas começam a pedir pelo Twitter que [os ténis] andem", acrescenta Ricardo Nascimento, 32 anos, licenciado em Relações Internacionais, mas artista a tempo inteiro. A dupla procura agora parceiros na indústria do calçado para lançar uma edição limitada das sapatilhas.
"Brincadeiras à parte, os Rambler Shoes são uma ironia sobre o 'hype' à volta da web 2.0. Precisamos realmente desses serviços? O que acrescentam às nossas vidas? Não pretendemos responder, mas fazer as pessoas reflectir sobre os seus hábitos cibernéticos", critica Ricardo. Tiago é mais contido em rotular as Ramblers de fúteis. "São uma extensão do indivíduo que os usa, pois concedem-lhe o dom de deixar pegadas num mundo que tem cada vez mais peso na nossa cultura: a net."
Avizinham-se mais projectos inovadores, nunca imaginados antes de Twitter, ou Facebook terem invadido as nossas vidas. "Daqui a cinco anos, haverá gente a publicar orgulhosamente a temperatura corporal, pulsação, transpiração e outros dados íntimos em tempo real a partir das peças de roupa", acredita Tiago. Antes dos ténis que twittam, a dupla artística criou uma peruca wireless para videojogos em que o jogador assume o papel de um guitarrista cabeludo que tem de provar que está imbuído no espírito rock. De novo: qual a utilidade? "O Headbang Hero pode parecer uma ideia cómica ou ridícula, mas há muita gente que aceita a ideia como plausível do ponto de vista comercial
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